- Não caia na lorota que existe uma receita de bolo para se fazer um roteiro. Quem acha que roteiro se faz com receitas, não sabe o que é roteiro. Nem cinema.
- Não caia na lorota que estrutura dramatúrgica é receita de bolo. São duas coisas muito diferentes: uma “receita” (fórmula) não existe, uma estrutura (forma) existe e não é possível escrever uma boa história sem dominar a estrutura. Ainda que seja para negá-la. Mas tem que conhecer. E muito bem.
- Não perca tempo colocando movimento de câmera, enquadramento ou ângulo de luz no seu roteiro. Isso é decupagem e quem decupa é o diretor. Toda vez que você se preocupar em onde vai estar a câmera, você estará deixando de se preocupar com o que acontece com os personagens na história. O roteirista decide “o quê”, quem decide “como” é o diretor. Aceite isso com resignação, você vai ser não só mais feliz, como mais profissional no seu trabalho. Ah!!! Isso também vale pra quando for você quem vai dirigir seu roteiro.
- Um roteiro você não escreve, escreve, escreve até chegar no final. Um roteiro você chega no final e daí escreve, escreve, escreve. Lembre que a palavra “roteiro” também serve para definir uma viagem, um caminho. Como é que você pode escrever um roteiro de viagem sem saber para onde estará indo? Com o roteiro de cinema é a mesma coisa: primeiro você decide onde quer chegar, depois você escreve até chegar onde queria.
- Respeite seu público. Não pense que ele é bobo e que "não vai perceber" o que você está armando, porque ele vai. Tenha sempre um imenso, incomensurável, anormal, estratosférico respeito pelo seu público.
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